quarta-feira, 29 de junho de 2005

Refutação às críticas do Deputado Luiz Sérgio ao orador.

Data: 29/06/2005
Sessão: 158.3.52.O
Hora: 00h00

O SR. ENÉAS (PRONA-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, é notório na Casa que jamais dirigi minha palavra a S.Exa., o Líder do PT. Em dois anos e alguns meses, jamais lhe dirigi a palavra. S.Exa é petulante e atrevido. Naquele instante, não o agredi.

Já por duas vezes, nesta Casa, quando começo a falar, preocupado, como é natural, S.Exa. me interrompe e me calo. Tenho testemunhas aqui do meu lado. Isso que S.Exa. está dizendo é mentira. Não o ataquei. O que disse é verdade: S.Exa. é profundamente ignorante. Que não façamos nesta Casa a apologia da ignorância. Que o partido que representa o Governo tenha o mínimo de ordem, porque os respeito quando falo.

Sr. Presidente, é verdade que eu registrei um documento, em 1989, dizendo que não me candidataria outra vez. É verdade. Anos depois, verificando a mudança das regras do jogo, que me impediam sempre de me pronunciar - as regras do jogo variaram de 1989 a 1998 -, registrei um outro documento, aqui em Brasília, outorgando-me o direito de me candidatar a qualquer cargo, como qualquer cidadão brasileiro pode fazê-lo.

Sr. Presidente, raramente falo aqui. Eu já ia saindo, quando ouvi meu nome ser citado. Não cito o nome de ninguém aqui. No partido político que presido e que criei com meus próprios recursos, decidi, em 1994, ter uma fonte de receita legítima e não vendendo a Nação, vendendo voto.

Estou falando para a Nação, para os poucos que estão acordados. Escrevi, com os colegas do partido, um documento, que foi chamado de cartilha. Autorizei os colegas a vendê-la em todo o País. O dinheiro não vinha de ninguém de fora, mas de candidatos que diziam que queriam entrar no partido. Não era mensalão. Não era dinheiro sórdido, entregue a Deputados para votarem com o Governo. Não era essa imundice que aqui está. (Tumulto em plenário.)
 
O SR. PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) - Peço a V.Exa. que conclua.

O SR. ENÉAS - Concluirei, Sr. Presidente. Fui atacado.

O SR. PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) - A Presidência está concedendo a V.Exa. o mesmo tempo que concedeu ao Deputado Luiz Sérgio.

O SR. ENÉAS - Eles não ficam em silêncio e repetem a desordem que os caracteriza. Não conseguem conviver com aqueles que discordam deles e representam o Governo do nosso País.

Sr. Presidente, as cartilhas eram vendidas com notas fiscais, apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral. Todas elas foram registradas. Prestei contas de tudo.

É preciso ficar bem claro o seguinte: lamentavelmente, nesta noite, estamos vendo aqui o partido do Governo, símbolo máximo da desordem, da inépcia administrativa, da falta de preparo, de inteligência.

Repito: as cartilhas foram vendidas e delas se prestou contas.

O PT quer fazer apologia da ignorância. (Apupos no plenário.) Se eu fosse petulante, não teria a maior votação da história do Brasil - 1 milhão de votos a mais que o candidato deles, apoiado pela base.

Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)

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